Planejamento Caminho de Santiago – Planejando detalhes.
O caminho de Santiago foi uma experiencia unica em nossas vidas. Durante dez meses nos preparamos fisicamente e colhemos informações para termos um Planejamento Caminho de Santiago completo.
Update: Tem post novo para a caminha de abril de 2017. Clique abaixo:
Caminho de Santiago – Preparação a pé
2014 – Segue abaixo o nosso itinerário tal como foi executado. Logo abaixo no final da primeira parte, você poderá ver o que tínhamos planejado e o que saiu do roteiro esta explicado em cada etapa nos posts das etapas. Espero que este Planejamento Caminho de Santiago possa ajudar a você se programar para sua aventura pelas terras espanholas.
Seguem as etapas, as cidades e a quilometragem entre cidades/pueblos.
São Paulo – Madrid
– Sairemos de São Paulo as 15:20 do dia 11 de setembro. Voaremos pela cia Ibéria.
– Custo da Passagem com taxas: 1.605,00
Madrid – Pamplona
– Ônibus pela Empresa Alsa saindo do T4 do aeroporto de Madrid (Bajaras). Tempo de viagem 5 horas. Custo 28 euros (grupo com 5 pessoas tem desconto) Preco 31,50 euros o onibus Normal e 44,25 euros onibus premium. Pagamos 28 euros – tarifa para grupos com mais de 5 pessoas.
Pamplona – Saint Jean Pier Port
– VAN Pamplona até Saint Jean Pier Port
Etapa 1
– SJPP / Honto (4.9 km) / Orisson (2.8km) / Roncesvalles (17km)
Total da etapa: 24,7 km – Restam: 793,5km
Etapa 2
– Roncesvalles / Burguete (2.9km) / Espinal (3.3km) / Viscarret (5.1km) / Zubiri (9.5km) / Larrasoaña (4.6km) / Trinidad de Arre (8.5km) / Pamplona (7.1km)
Total da etapa: 41,0km – Restam: 752,5km
Etapa 3
– Pamplona / Cizur Menor (4.6km) / Zariquiegui (6.7km) / Uterga (6.3km) / Muruzábal (2.7km) / Obanos (1.6km) / Puente La Reina (3km) / Mañeru (5.6km) / Cirauqui (2.5km) / Lorca (6.6km) / Villatuerta (5.4km) / Estella (4.2km) / Ayegui (1.5km) / Los Arcos (21.7km)
Total da etapa: 72.4km – Restam: 680,1km
Etapa 4
– Los Arcos / Sansol (7.6km) / Torres del Río (0.9km) / Viana (11.6km) / Logroño (10.8km) / Navarrete (13.9km) / Sotés (5.7km) / Ventosa (2km) / Nájera (11.3km) / Azofra (6.3km)
Total da etapa 70,1km – Restam: 610km.
Etapa 5
– Azofra / Cirueña (10.4km) / Santo Domingo de La Calçada (6.7km) / Grañón (7.9km) / Redecilla del Camino (4.3km) / Castildelgado (2km) / Viloria de Rioja (2.1km) / Villamayor (3.6km) / Belorado (5.4km) / Tosantos (5.2km) / Villambistia (2.2km) / Espinosa del Camino (2km) / Villafranca (3,8km) / San Juan de Ortega (12km) / Agés (3.8km)
Total da etapa: 71.4km – Restam: 538.6km.
Etapa 6
– Agés / Atapuerca (3.1km) / Villalval (4.7km) / Villafría de Burgos (8.9km) / Burgos (7.5km) / Villalbilla de Burgos (5km) / Tardajos (7km) / Rebé de las Calzadas (2km) / Hornillos del Camino (7.7km) / San Bol (5.9km) / Hontanas (4.8km)
Total da etapa: 56.6km – Restam: 482km
Etapa 7
– Hontanas / San Antón (6.1km) / Castrojéris (2.7km) / Itero del Castillo (11.2km) / Puente Fitero (1km) / Itero de la Vega (1.4km) / Boadilla del Camino (8.9km) / Frómista (6.6km) / Problación de Campos (4km) / Revenga de Campos (4.1km) / Villarmentero de Campos (1.9km) / Villalcázar de Sirga (4.2km) / Carrión de Los Condes (5.6km) / Calzadilla de La Cueza (17.2km) / Ledigos (6.8km) / Terradillo de los Templarios (3.5km) / Moratinos (3.1km) / San Nicolás de Real Camino (2.1km) / Sahagún (6.9km)
Total da etapa: 97,3km – Restam 384,7km
Etapa 8
– Sahagún / Bercianos del Real Camino (10.4km) / El Burgo Ranero (7.6km) / Reliegos (13km) / Mansilla de Las Mulas (5,9km) / Villamoros de Mansilla (4.2km) / Puente Villarente (1.9km) / Arcahueja (4.5km) / León (9.1km)
Total da etapa: 56,6km, Restam 328,1km
Etapa 9
– León / La Virgem del Camino (8.2km) / Valverde de La virgem (3.6km) / San Minguel del Camino (1.5km) / Villadangos del Páramo (7.7km) / San Martin del camino (4.5km) / Hospital de Órbigo (6.6km) / Villares de Órbigo (3km) / Santibañes de Valdeiglesias (2.4km) / San Justo de La Vega (8.8km) / Astorga (3.6km) / Murias de Rechivaldo (5.9km) / Santa Catalina de Somoza (4.7km) / El Ganso (4.3km) / Rabanal del Camino (6.9km)
Total da etapa: 71.7 km – Restam: 256.4km
Etapa 10 –
Rabanal del Camino / Foncebadón (5.5km) / Manjarín (4.3km) / El Acebo (7.5km) / Riego de Ambrós (3.1km) / Molinaseca (6.8km) / Campo (4km) / Ponferrada (3.9km) / Columbrianos (5.4km) / Fuentes Nuevas (2.3km) / Camponaraya (2.3km) / Cacabelos (5.7km) / Pieros (2.4km) / Villafranca Del Bierzo (6.6km)
Total da etapa: 59.8km – Restam: 196.6km
Etapa 11
– Villafranca del Bierzo / Pereje (5.8km) / Trabadelo (4km) / La Portela de Valcarse (4.5km) / Ambasmestas (1.2km) / Vega de Valcarse (1.6km) / Ruitelán (2.2km) / Las Herrerías (1.9km) / La Faba (2.6km) / Laguna de Castilla (2.6km) / O Cebreiro (2.2km) / Liñares (3.6km) / Hospital da Condesa (2.8km) / Alto do Poio (3km) / Fonfría (3.7km) / Viduedo (2.6km) / Fillobal (2.9km) / Triacastela (4.4km)
Total da etapa: 51.6km – Restam: 145,0km
Etapa 12
– Triacastela (rota alternativa) / San Cristovo do Real (4km) / Renche (2km) / San Martiño do Real (3km) / Samos (1km) / Aguiada (4.9km) / San Mamede do Camino (1km) / Sarria (3.3km) / Vilei (3.5km) / Barbadelo (2.1km) / Rente (2.2km) / Mercado da Serra (1km) / Peruscallo (3km) / Cortiñas (1km) / Brea (1.5km) / Morgade (1km) / Ferreiros (0.7km) / Mercadoiro (3.8km) / Moutras (0.5km) / Parrocha (1.5km) / Vilachá (1.4km) / Portomarín (2.8km) / Gonzar (8.4km) / Castromaior (1.9km) / Hospital da Cruz (1.8km)
Total da etapa: 57.3km – Restam: 87.7km
Etapa 13
– Hospital da Cruz / Ventas de Narón (1.9km) / Ligonde (3.5km) / Eireche (0.7km) / Lestedo (2.6km) / Palas de rei (5km) / Carballal (1.5km) / San Julián del Camino (1.5km) / Ponte Campaña (2.1km) / Casanova (1.5km) / Leboreiro (3km) / Furelos (4km) / Melide (3km) / Boente (6.1km) / Castañeda (2.8km) / Ribadiso de Abajo (3km) / Arzúa (3.2km) / A Peroxa (3.3km) / Calzada (3.5km) / Boavista (3.8km) / Salceda (1.4km) / O Xen (1.3km) / Ras (0.7) / A brea (0.6km) / O Emplame (2.4km) / Santa Irene (0.8km) / A Rúa (1.2) / O Pedrouso (1.2km) / Amenal (4.1km) / San Paio (4km) / A Lavacolla (2.8km) / Villamaior (1km) / San Marcos (4.9km) / Monte Del Gozo (0.4km)
Total da etapa: 82.8km – Restam: 4.9km
Etapa 14
– Monte Del Gozo / Santiago de Compostela (4.9km)
Total da etapa: 4.9km – Restam: 0,0 km
A pouco mais de três meses da nossa partida fizemos este cronograma abaixo. Fiz a revisão deste post para mostrar nosso primeiro planejamento que nos guiou inclusive pela nossa jornada e também o executado como mostrei acima.
Segue abaixo o post anterior.
Escolhemos fazer o caminho francês que é o mais conhecido e percorrido também. Como dissemos em outro post, escolhemos fazer de bicicleta por motivos relacionados ao tempo de travessia.
Nossa viagem está programada para dia 11 de setembro de 2014 e já definida a rota, é relacionar cada detalhe de cada etapa. Seguem abaixo um planejamento do que pretendemos fazer em cada parte do caminho. Cada etapa deverá ser cumprida tentando sugar ao máximo o que o caminho pode oferecer. Quando retornarmos, escreveremos como foi de fato essa nossa trajetória, mas enquanto isso não acontece, esse post serve para alinhar nossas expectativas com o que encontraremos pelo caminho, segundo conversas e leituras sobre o assunto.
11/09 – São Paulo – Madrid
12/09 – Madrid – Pamplona
13/09 – Pamplona – Saint Jean Pier Port
14/09 – Saint Jean Pier Port – Roncesvalles – 24,9 km
– Começaremos por SJPP, partindo da Igreja de Nossa Senhora, passando pela ponte sobre o Rio Nive e Porta da Espanha. Um dia pensando na dificuldade de enfrentar os Pirineus franceses. Optamos por fazer somente 24,9 km, o que se faria a pé, por motivo da altimetria e também por que será o primeiro dia de pedal. Ou seja, ainda não estaremos adaptados à rotina da atividade.
– Etapa com alto grau de dificuldade. Sairemos de 200 mt de altitude, atingiremos 1300, e chegaremos a 950, em Roncesvalles.
– Os Pirineus que fazem parte desta primeira etapa é uma das mais belas de todo o percurso.
– Depois de 5 km, passaremos por Huntto e Orisson. Os primeiros 12 km são de subidas fortes para alcançar o Colina de Bentartea ou Passagem de Napoleão. A referência é uma fonte que fica à esquerda. Após esta parte, o próximo ponto de referência é a Colina de Lepoeder, que está a 1400 mt de altitude.
– Depois que atingirmos a parte mais alta da etapa, teremos 5 km de descida por bosques pirenaicos e já poderemos avistar o vale de Roncesvalles.
– Em Roncesvalles às 8h da manhã, é celebrada uma missa com benção do peregrino na Igreja de Santa Maria, que são antigos ritos medievais.
15/09 – Roncesvalles – Pamplona – 42,5 km – Total 67,4
– Percurso com campo visual facilitado e início mais fácil.
– Depois, um percurso muito acidentado com subidas e descidas técnicas.
– Descida muito forte próximo de Zubiri (500 mt de altitude).
– Após Larrasoana, trechos single track bem técnicos.
– Algumas subidas até Zabaldica e paisagens maravilhosas.
– Em Trinidad de Arre e logo depois da ponte que cruza o Rio Ultzama encontra-se o albergue, que já funcionou como Hospital de peregrinos.
– Pamplona é um grande centro e sua zona histórica é cerceada por uma muralha medieval, composta por ruas estreitas e altos edifícios.
16/09 – Pamplona – Los Arcos – 67,6 km – Total 135
– Na Serra del Perdón, o Alto del Perdón é um dos locais mais célebres do Caminho.
– O conjunto escultórico de Vicente Galbete aí existente, constituído por silhuetas, representa uma comitiva de peregrinos de diferentes épocas a caminhar em direção a Santiago.
– Na Vila de Muruzábal, descie um pouco da Rota para conhecer a igreja românica de Eunate.
– Óbanos é uma pequena povoação com uma área central bem cuidada.
– Após 2 km de Óbanos chega-se a Puente la Reina
– Em Puente la Reina é imperdível a Igreja de Santiago, também herança dos Cavaleiros do Templo de Salomão. Pintadas nas paredes do templo, note a versão ibérica da cruz templária.
– É em Puente La reina que todos os outros caminhos convergem e passam a ser um só.
– A ponte é referida usualmente, como um dos exemplos de destaque do românico de Navarra e foi mandada construir por uma Rainha do Séc. XI, segundo alguns historiadores, provavelmente Doña Mayor, esposa del Rey Sancho el Mayor.
– Em Estella, aprecie a vista panorâmica da cidade a partir da Igreja de Santo Domingo, uma boa parte dos peregrinos brasileiros fazem uma caridade. Se você quiser dar continuidade a esta tradição criada por um brasileiro em 1996, basta fazer um pequeno ato de amor: visite em um prédio colado a esta Igreja um abrigo de velhinhos. Fale para eles que você é peregrino e brasileiro. Tenho certeza que será uma experiência construtiva para você (como para eles).
– Até Estella, o percurso não é tão simples. Terreno duro, pedras soltas, subidas e descidas constantes.
– Após sair de Estella, antes de chegar ao monastério de Irache, pare na Fuente del Vino. Duas bicas – uma de água e outra de vinho. Ambas gratuitas.
– Um pouco antes de chegar na vila de Ázqueta, você pode ter a sorte de conhecer Pablito, um personagem do Caminho, que nas horas vagas dedica-se a presentear os peregrinos com cajados de madeira talhados por ele.
– Entre Azqueta e Villamayor de Monjardín está Fonte dos Mouros do Séc. XII, de estilo Gótico foi reconstruída em 1991 e acredita-se ter sido já uma reconstrução da primitiva estrutura do tempo em que os Mouros habitavam o Norte da Península.
17/09 – Los Arcos – Nájera – 57,9 km – Total 192,9
– Igreja Templária de TORRES DEL RIO… está entre Los Arcos e Logroño… 5 kms depois de Los Arcos…
– No povoado de Azofra, pare para tomar um café no bar (na praça principal) e peça (de presente) a moeda cunhada pela vila em homenagem aos peregrinos.
18/09 – Nájera – San Juan de Ortega – 68,0 km – Total 260,9 km
– Em Santo Domingo de la Calzada, aprecie a curiosíssima gaiola com um galo e uma galinha vivos dentro do templo. Se quiser ver onde se cria as aves da Igreja, é só olhar na lavanderia do albergue de peregrinos.
– Na vila de Villafranca Montes de Oca, no interior da Igreja de Santiago (que infelizmente fica a maior parte do tempo fechada…), aprecie uma pia de água benta original: uma imensa concha marinha trazida das Filipinas.
– Se você pernoitar em Belorado, veja o pôr do sol a partir de um monte na parte oeste da cidade (bem atrás do albergue de peregrinos), onde há ruínas de um antigo forte. Belíssima vista panorâmica.
– Em San Juan de Ortega, descubra o “milagre da luz” que ocorre lá nos equinócios. Também, conheça esta figura que é o Padre José Alonso. Participe da ceia dos peregrinos no refeitório do Monastério (que acolhe os peregrinos em dois amplos quartos), com a famosa sopa de alho oferecida por aquele sacerdote.
19/09 – San Juan de Ortega – Castrojéris – 67,7 km – Total 328,7
– Em Carrión de los Condes, conheça a Igreja de Santa Maria del Camino, desde o século IX albergue de peregrinos. O padre José Mariscal fará as honras da casa.
– Na cidade de Burgos (a maior do Caminho), não deixe de conhecer o centro histórico com uma das maiores Catedrais góticas da Europa.
– Seis horas de caminhada de Burgos, entre os vastos campos verdes, há um albergue de peregrinos (no meio do nada mesmo!). Vale a pena fazer um desvio de 5 minutos para conhecer o refúgio moderno, levantado ao lado da fonte medieval de San Roque. Curioso é conhecer Luis, o “hospitaleiro” (atende os viajantes e toma conta do local), que segue antigos preceitos templários de acolhida caridosa aos peregrinos. Se estiver na hora do almoço, possivelmente ele fará uma bela macarronada para você. Tudo gratuito.
20/09 – Castrojéris – Sahagún – 84,7 km – Total 413,3 km
– Em Frómista, visite uma das mais perfeitas igrejas do estilo românico, San Martín. Quase 20 quilômetros depois, em Villacázar de Sirga, conheça a igreja românico-gótica de Santa Maria, obra dos Templários.
– Outra dica para os amantes da arquitetura: em Sahagún aprecie as igrejas de influência mourisca recobertas de ladrilhos, em especial, San Tirso.
21/09 – Sahagún – León – 55,3 km – Total 468,6 km
– Em León, há 2 albergues. O indicado e preferido (mesmo que bem mais rústico, com colchões postos diretamente no chão) é o Convento de Santa Maria del Carbajal, na Praça Santa María del Camino (centro histórico). Lá, ao cair da tarde os peregrinos são chamados pelas freiras para participarem de uma singela cerimônia com cânticos devocionais.
– Românico e gótico: ainda nesta cidade, conheça a chamada “Capela Sixtina do românico”, com belíssimos afrescos do século XII, no museu da Basílica de San Isidoro. Também, visite a Catedral, um dos marcos do estilo gótico, com seus famosos vitrais.
22/09 – León – Astorga – 50,4 km – Total 519 km
23/09 – Astorga – Ponferrada – 51,7 km – Total 570,7 km
– Depois de Astorga, faça um ligeiro desvio da Rota tradicional, entrando no povoado de Murias de Rechivaldo (a trilha normal vai pela esquerda sem passar na vila) para, dez minutos além, conhecer o belíssimo povoado de Castrillo de Polvazares, todo em pedra. Vale a pena!
– Na vila de Rabanal del Camino, tente conhecer a Igreja octogonal de Santa Maria (pena que vive fechada…).
– É tradição secular dos peregrinos, ao passarem pela Cruz de Ferro, monumento localizado entre as vilas de Foncebadón e Manjarin, pegar uma pedra no inicio de sua caminhada e acrescentarem ao grande monte, marcando sua passagem. Um ritual muito antigo e carregado de simbologia.
– Manjarin: imagine uma cidade medieval abandonada no alto da montanha e só uma casa de pé (logicamente, o Albergue de Peregrinos…). Apesar de um pouco desconfortável (não há banheiro e são poucas as camas), vale a pena dormir lá. Tomás é o hospitaleiro que cuida do local. Outra dica: caso você tenha pernoitado antes em Rabanal e chegue a Manjarin antes das 10h, pare no albergue para tomar um café oferecido por Tomás. Você ouvirá ótimas histórias e, quem sabe, poderá participar de um Ritual Templário. Verdade!
– Em Molinaseca, se você for no verão aproveite as piscinas naturais (rio represado) do povoado. Passear pelos inúmeros bares e restaurantes da vila é obrigatório.
24/09 – Ponferrada – Cebrero – 52 km – Total 622,7 km
– Em Villafranca del Bierzo, fique atento: há 02 albergues na cidade. Um da prefeitura, novo e confortável, mas sem nenhuma personalidade. O outro, o tradicional Refúgio Ave Fênix, de Jesus Jato, um senhor que há mais de 30 anos acolhe os peregrinos em sua própria casa. Usualmente, pela noite ele faz um curioso ritual no refeitório do albergue, queimando ervas e álcool em uma vasilha de cerâmica, fazendo uma bebida fortíssima, o Orujo.
– Desbrave o pequeno povoado de O Cebreiro, no topo da montanha de mesmo nome, com suas casas de pedra seguindo a tradição celta. Assista a missa na única igreja do povoado e descubra o “Santo Graal dos Peregrinos”.
25/09 – Cebrero – Portomarin – 61,8 km – Total 684,5 km
26/09 – Portomarin – Arzua – 53,8 km – Total 738,3 km
– Em Melide, procure uma “pulperia” e deguste a especialidade local: polvos e vinhos.
27/09 – Arzua – Santiago de Compostela – 41,1 km – total 779,4 km
– No Monte do Gozo, há apenas 5 quilômetros da Catedral de Santiago, é tradição secular peregrina descer o morro cantando. Outra tradição medieval: se você estiver em grupo, o primeiro a chegar no Monte e avistar a Catedral, é tido pelos outros como “Rei”, merecendo deles todas as deferências inerentes ao cargo.
– Na Catedral de Santiago, procure descobrir com os que lá trabalham quando haverá a cerimônia do “botafumeiro”. Pode ser realizado 20 minutos antes das missas principais para grupos de turistas (que pagaram por isto). Tradicionalmente ao final da missa das 12h ( a “Missa del Peregrino”).
– Na Catedral de Santiago, não deixe também de tocar a coluna central do “Pórtico da Glória”, dar uma abraço (literalmente) na estátua do apóstolo no altar-mor, e de visitar a singela cripta com os ossos do Santo.
– Ainda na cidade de Santiago, pela manhã , vá a Finisterre. Depois de visitar o povoado, tomar um banho de praia e se empanturrar de mariscos. Percorra 4 quilômetros do vilarejo até o “Cabo de Finisterre” (uma imensa península que parece que será engolida a qualquer hora pelo Oceano Atlântico). É tradição os peregrinos queimarem, ao pôr do sol, algumas roupas que foram usadas durante a caminhada.
– Em Santiago de Compostela, não deixe conhecer o restaurante “Casa Manolo” (ao final da rua de San Beito, próximo à praça Cervantes, 5 minutos da Catedral), um verdadeiro ponto de encontro dos peregrinos. Também pudera: ambiente alegre, descontraído e – o que é mais importante – comida excelente e barata.
Este post contou com toda colaboração do site da ACACS-SP e seu post: Caminho Francês