O poder de viagens transformadoras: Suas viagens lhe modificam?
Para todos nós que adoramos viajar, e possuímos um amor intrínseco por viagens, é interessante entender o porquê isso acontece e também onde podemos chegar com isso. Querer percorrer o mundo é querer buscar o novo, chegar onde nunca chegamos e viver o que nunca vivemos e sempre sonhamos e é por isso que acredito muito nas viagens transformadoras.
Objetivos como: conhecer 30 países antes dos 30 anos, pisar em todos os continentes depois de estudar e estar formado ou conquistar 24 territórios antes do primeiro dia de faculdade, não pode ser uma simples brincadeira do jogo WAR*. Viver uma experiência em novos ares, imergir em uma cultura local, experimentar o que a vida ainda não pôde lhe proporcionar, pode ser algo tão fascinante que tem como consequência te trazer um crescimento pessoal. Já pensou em tudo isso?
Entender in loco as dificuldades do mundo, conhecer de perto países com diferenças raciais predominantes, ver a pobreza inclemente oriunda de uma tirania que ainda está fortalecida em alguns pontos do planeta, presenciar a discriminação contra a mulher, dentre outras, fazem você se posicionar melhor em torno da sua própria existência e do contexto que você vive. Experiências em viagens podem lhe fazer enxergar o tão insignificante você é no mundo, além do quanto você é importante para a melhoria do planeta. Bom para fazer refletir, principalmente, atitudes individualistas que costumamos ter. Ou também, enxergar a sua grande importância no contexto familiar, social e dos amigos.
Ver com seus próprios olhos, famílias que vivem com pouco, sem luxo e excessos, como por exemplo, sem eletrônicos, acessórios, até mesmo, pessoas que comem com a mão, seja por não ter opção ou por efeito cultural, vê-las nos surpreender com um belo sorriso no rosto, nos ensina muito sobre felicidade e condição humana.
As viagens podem ser elementos transformadores. É comum grandes executivos buscarem crescimento pessoal fazendo trabalho voluntário, longe de casa e do conforto do dia a dia. Buscam construir um outro sentido para sua vida e não tenho dúvidas, essas atitudes podem mudar o rumo da vida de uma pessoa para sempre.
Crescimento espiritual também tem sido o foco de executivos espalhados pelo mundo afora. Pessoas que buscam aprendizado para a vida, coisa que, em seus invejáveis currículos, não tem nada descrito.
Em uma certa palestra, tive o primeiro contato com a sigla FIB – Felicidade Interna Bruta. Algo que nasceu no pequenino país Butão, nação budista que tem muita representatividade no turismo ecológico. Os indicadores desse programa avaliam inúmeras variáveis, além da situação econômica do país, para medir o nível de Felicidade dessa sociedade. Como compreender que um país de condição econômica questionável na ótica capitalista é um dos países com índice mais elevado de felicidade da população?
De fato, quando nos colocamos no mundo, novas dúvidas e questionamentos vão surgindo. A mais profunda viagem que fazemos, em situações dessa natureza, é para dentro de nós mesmos. Nos sentimos forte e nos sentimos frágeis. Esse conflito interno nos faz perceber que evoluir é algo necessário e que principalmente, o mundo precisa disso.
A mudança começa em você. Primeiro é ter humildade para entender que o que está sendo oferecido a você vai ser válido, hora ou outra, para seu crescimento pessoal e segundo é que seu primeiro questionamento será relativo ao seu mindset. Se reinventar pode ser uma boa opção. Parece simples, mas não é. Acreditamos que a evolução é inerente ao cotidiano, que acaba sendo nosso principal vilão. A dura realidade de se transformar pode ser comparada com o processo de montagem de um quebra-cabeça, porque conhecemos a imagem final, mas a dificuldade de juntar todas as peças é inevitável e é paradoxalmente o lúdico da atividade.
Fazer o Caminho de Santiago foi o divisor de águas na minha vida. A insatisfação profissional em um momento conturbado, com os negócios ladeira abaixo, e investidas frustrantes, geraram um reflexo imediato na minha vida pessoal, cenário propício para que eu pudesse abandonar qualquer vontade de fazer algo novo e diferente. No momento, existiu uma linha tênue entre caminhar para um processo de depressão ou me dar a chance de buscar algo novo ou quem sabe uma descoberta espiritual.
No Caminho pude conversar comigo mesmo, pude escolher entre as direções da linha tênue e me reerguer.
O nascimento do meu filho me trazia a responsabilidade de fazer algo certo e novo. Afinal, como acredito que tudo tenha um propósito, era nisso que eu me agarraria nesse meu momento de mudanças. O Caminho de Santiago, desde seu chamado, gerou um processo de envolvimento espiritual com as crenças que o cercam. Baixar a guarda e ter os olhos bem atentos a tudo que você lê (antes de partir) ou vê (estando no caminho) fazem você perceber que o fato do mundo girar é para te dar a chance de começar de novo, fazendo diferente. É preciso não deixar escapar a humildade para entender novos valores que estão sendo absorvidos nesse processo, pois nesse caso, você não tem a quem enganar.
O Caminho de Santiago não foi a primeira e nem única viagem transformadora da minha vida, mas foi a que me revelou, de braços abertos, a descoberta desse “eu” que estava escondido.
Eu já havia sentido que, o rumo da minha vida não estava legal quando busquei fazer a trilha Salkantay no Peru. Na época, eu já queria respostas, mas não consegui fazer as perguntas certas. O processo de hipotermia que passei nas montanhas peruanas me fez refletir sobre algumas coisas por lá. Acredito que foram momentos onde a dor falou mais alto. Algumas coisas ficaram claras para mim, mas algumas foram encaixotadas no retorno ao estado de conforto. Hoje tenho a consciência que naquele momento nem todos sinais foram absorvidos e o que faltou realmente foi estar com o coração aberto.
Subir um vulcão no Chile, fazer travessias em montanhas, desafiar meu corpo em esportes de aventura, são situações em que me identifico. Conseguir ter uma boa relação com a natureza e todas as dificuldades encontradas, sempre foram motivos para fazer uma análise e ter momentos de reflexão sobre o que passou e vivi, e já prefiro dizer, foi a consolidação de uma base forte para o que viria, veio e ainda vem pela frente.
E você? Tem aproveitado suas viagens para uma metamorfose?
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