Pico do Itacolomi – Ouro Preto
O Parque Estadual do Itacolomi está situado em Ouro Preto, Minas Gerais e foi escolhido pela SETUR (Secretaria do Estado de Turismo) como um dos parques que seriam divulgados em uma ação intitulada: Blogueiros por Minas. Essa ação focou 3 importantes parques mineiros. Vários blogueiros foram convidados e cada grupo conheceu um desses parques e o Retrip partiu para Ouro Preto. Além do Parque que era o alvo em questão, pude conhecer mais de Ouro Preto, Mariana e Lavras Novas, cidades e distrito que estão no entorno do Parque e que também merecem destaques nos próximos posts que contarei por aqui.
A ação aconteceu entre os dias 19 e 22 de maio/2016 e contou também com o blog Quero Viajar Mais do Guilherme Tetamanti. Foi um final de semana incrível e em excelentes companhias. Nessa subida ao Pico, o pessoal dos Nerds Viajantes – Lillian e Helder também nos acompanharam e assim, pudemos curtir uma boa prosa.
Fomos durante dois dias ao Parque do Itacolomi. A ideia era fazer tudo em um único dia mas como o tempo estava com muita neblina, não subimos o Pico do Itacolomi no primeiro dia e contamos com a sorte de um dia seguinte mais ensolarado.
O Parque tem muitos atrativos legais e o melhor é você passar um final de semana por lá. Digo finais de semana contando com a disponibilidade das pessoas de só conseguirem fugir para um final de semana mas durante a semana o parque fica mais vazio e conta com todas as mesmas opções. Pode ser uma boa!
Estrutura:
O Parque conta com uma estrutura completa para você e sua família. Há possibilidade de hospedar em casas ou utilizar a área de camping. O Parque possui um grande e estruturado parquinho para crianças (rústico e todo em madeira) e também churrasqueiras para aquele momento de confraternização.
São algumas casas estilo chalé e se preferir a área de camping também é muito utilizadas, principalmente pelos mais aventureiros. Nela, há um conjunto de vestiários que facilitam muito a vida de quem está acampado.
Atrativos:
Trilhas – São várias pequenas trilhas que percorrem os ecossistemas naturais que variam conforme alternância dos terrenos. Desde campos rupestres até mata atlântica. Fica nítida a diferença quando vamos mudando de ambiente. Saímos de ambientes onde possuem afloramentos rochosos e vamos entrando por uma área de vegetação mais alta que cobrem a trilha deixando-a mais úmida e fresca, ou vice-versa.
Muitos animais silvestres habitam o parque. O interessante é que no centro de viajantes você pode conhecê-los e ainda escutar o som reproduzido por eles, um barato e se você tiver com seu filho, ele irá amar!
Como disse anteriormente, são várias trilhas espalhadas pelo parque. Todas, com exceção da subida do Pico do Itacolomi que é de dificuldade média/alta, as outras são super simples e gostosas de fazer. Curti todas elas:
Trilha da Capela: distância: 1.400m | Tempo Percurso: 1h | Grau de Dificuldade: baixo
Trilha da Lagoa: distância: 450m | Tempo Percurso: 20min | Grau de Dificuldade: baixo
Represa do Custódio: distância: 7.600m | Tempo Percurso: 2h30min | Grau de Dificuldade: médio
Mirante do Custódio: distância: 4.600m | Tempo Percurso: 1h30min | Grau de Dificuldade: médio
Pico do Itacolomi: distância: 7.600m | Tempo Percurso: 2h30min | Grau de Dificuldade: médio/alto
O Pico do Itacolomi é o ponto mais alto do parque e está a 1772 metros de altitude. Lá do alto podemos visualizar várias cidades quando o dia está bom. Demos sorte em nossa escolha, e conseguimos ver tudo que gostaríamos, até Belo Horizonte pode ser vista de lá.
Curiosidade: Itacolomi vem do Tupi e significa: Ita (pedra) e curumim (menino).
A subida não tem grau de dificuldade alto mas merece algumas pausas. Principalmente se você é sedentário e não tem o hábito de caminhar. Mas nada que um bom planejamento não resolva. Vá com passos curtos e curtindo a natureza, que é espetacular.
Para subir o Pico, só acompanhado do monitor e neste caso com agendamento prévio. Eles adoram subir lá. O Felipe, monitor que nos acompanhou não se cansa de acompanhar turistas e adora o seu “escritório de trabalho” como ele mesmo diz. Uma pessoa tranquila que fez a caminhada ficar mais agradável.
Eu curti a subida. É claro que tenho preparo para fazer facilmente mas no grupo tinha alguns que não tinham prática. Fizeram um esforço mas conseguiram subir e aproveitar todo o visual.
Outros Atrativos – Como o parque está situado em uma região que antes era uma importante área de plantio de chá, o lugar possui algumas construções interessantes de visitar. Além do Centro de Visitantes, a Capela São José, a Casa Bandeirista e o Museus do Chá são paradas culturais obrigatórias.
Abaixo não consideradas trilhas mas são atrativos que merecem destaques e sua localização tendo como ponto de partida, o Centro de Visitantes.
Lagoa da Capela: distância: 200m | Tempo Percurso: 5min | Grau de Dificuldade: baixo
Na lagoa é possível nadar, descer de tirolesa e ainda fazer slackline (verificar se está montado). Uma agradável área e acaba sendo um ponto de encontro. Dei um Jump na lagoa pela tirolesa e apesar da água fria, foi uma delicia!
Capela São José: distância: 250m | Tempo Percurso: 8min | Grau de Dificuldade: baixo
Capela de São José é uma simpática capela construída no século XX por conselho de um padre que sugeriu a erguesse para afastar os “assombros”. Não a conhecemos por dentro pois ela estava fechada.
Casa Bandeirista: distância: 100m | Tempo Percurso: 3min | Grau de Dificuldade: baixo
A Casa Bandeirista é datada de 1708. É tombada como patrimônio histórico e é um marco da arquitetura bandeirante do início do século XVIII. Há rumores que esse edifício foi o primeiro prédio público das gerais e também onde era cobrado o quinto do ouro.
Museu do Chá: No século XX, entre os anos 30 e 80, o Parque ainda era uma fazenda de plantio de chá. O museu está onde é exatamente a área de beneficiamento. Alguns maquinários se encontram no local.
Passeios de Bike
Muitos bikers passam por lá. Eles acabam fazendo algumas trilhas e alguns até partem da entrada do parque que fica logo na Rodovia 356, próximo ao quilômetro 98.
Tem ônibus que leva até o trevo e para aqueles que chegam em Ouro Preto ou Mariana de ônibus.
Como ir
Para quem vai de Belo Horizonte, deve pegar a BR 040, sentido Rio de Janeiro e entrar no Trevo de Ouro Preto, na região do Alphaville, na rodovia dos inconfidentes. Sentido Mariana e Ponte Nova até o km 98.
Para quem vai do Rio de Janeiro, deve pegar a BR 040,sentido Belo Horizonte até o trevo de Ouro Branco, passar por Ouro Branco e seguir a Estrada Real até Ouro Preto. Pegar a BR 356 até o km 98.
Parq quem vai de São Paulo. Pegar a Fernão Dias até Belo Horizonte e seguir a explicação citada acima.
DICAS RETRIP:
e-mail: peitacolomi@meioambiente.mg.gov.br
telefone: 31 35516193
Dicas do Parque
Planejamento é fundamental
- Entre em contato prévio com a administração da área
- Informe-se sobre as condições climáticas
- Certifique-se de que você possui uma forma de acondicionar seu lixo
- Escolha as atividades que você vai realizar na sua visita
Você é responsável pela sua segurança
- O salvamento em ambientes naturais é caro e complexo
- Avise a administração da área sobre sua visita
- Tenha certeza que você dispõe de equipamento adequado para cada situação
- Caso você não tenha experiência, não se arrisque sozinho
Cuide dos locais por onde passa, das trilhas e do acampamento
- Mantenha-se nas trilhaspré-determinadas
- Não cave valetas ao redor das barracas
- Não faça fogueiras
Leve seu lixo de volta
- Embalagens vazias pesam pouco e ocupam um espaço mínimo em sua mochila
- Leve o seu papel e outros produtos higiênicos de volta
Deixe cada coisa em seu lugar
- Tire apenas fotografias, deixe apenas suas pegadas, e leve apenas suas memórias
Respeite os animais e plantas
- Observe os animais às distância
- Não alimente os animais
- Não retire flores e plantas silvestres
Seja cortês com outros visitantes e com a população local
- Trate os moradores da área com cortesia e respeito
- Prefira contratar os serviços locais de hospedagem, transporte e serviços
- Deixe os animais domésticos em casa