Caminho de Santiago Etapa 5 Azofra à Agés
Caminho de Santiago Etapa 5 – Azofra / Cirueña (10.4km) / Santo Domingo de La Calçada (6.7km) / Grañón (7.9km) / Redecilla del Camino (4.3km) / Castildelgado (2km) / Viloria de Rioja (2.1km) / Villamayor (3.6km) / Belorado (5.4km) / Tosantos (5.2km) / Villambistia (2.2km) / Espinosa del Camino (2km) / Villafranca (3,8km) / San Juan de Ortega (12km) / Agés (3.8km)
Total da etapa: 71.4km – Restam: 538.6km.
Custo do Albergue em Azofra – Albergue Municpal de Azofra: 7 euros
Prato peregrino: não comemos
Neste quinto dia eu acordei mais bem disposto. O susto da madrugada me fez pensar bastante nas coisas da vida e o caminho começava a me fazer muito bem. Saímos cedo de Azofra, ainda escuro, e a ideia era chegar a San Juan de Ortega. O dia amanheceu muito bonito e estávamos tão animados que partimos mesmo sem fazer nosso primeiro lanche da manhã. Estávamos bem dispostos e chegar à Cirueña foi muito rápido e tranquilo. Passamos tão rapidamente que nem observamos a pequena aldeia. Nela há uma fonte e um pequeno jardim ao lado da Igreja paroquial. Caso você possua mais tempo recomenda-se ver a Virgem de los Remédios e a Ermida.
Pouco depois, passamos por Santo Domingo de La Calzada, onde paramos em um supermercado, fizemos compras e ficamos na praça observando o pessoal da cidade e os caminhantes.
Santo Domingo de La Calzada tem seu nome ligado à história de um jovem monge que decidiu dedicar sua vida a cuidar de peregrinos. Conta-se que, ele limpou o caminho e também construiu uma ponte de pedra sobre o rio Oja. Teria sido ele, que mais tarde, fundou o hospício local para peregrinos e em 1109, depois de sua morte, ele foi enterrado na Igreja da cidade.
O nome está também associado a uma lenda peregrina do séc. XIV. Uma família peregrina alemã parou na aldeia a Caminho de Santiago, e a filha do estalajadeiro caiu de amor pelo jovem e belo rapaz. O jovem não correspondeu às suas expectativas da moça. Ofendida e vingativa, para simular um furto, ela escondeu na bagagem do rapaz uma taça de prata. Ele foi preso e condenado à morte por enforcamento.
Enquanto seu corpo estava na forca, o filho apareceu em sonho para seus pais e dize-lhes que ainda estava vivo, sendo segurado por Santo Domingo, pelos pés. No caminho de volta a partir de Santiago, os pais foram procurar o juiz da aldeia para contar a respeito do sonho.
O juiz, muito mais interessado em festa e em um buffet de aves, não deu importância à história do casal. Depois de muita insistência, o juiz replicou que só acreditaria no sonho caso aquelas aves assadas voltassem à vida. Foi quando o galo e a galinha se recobriram de penas e saíram correndo e cacarejando. Perplexo, o juiz não teve mais dúvida da veracidade da história.
Com isso, na igreja de Santo Domingo de La Calzada, um galo e uma galinha são tradicionalmente mantidos vivos. Estão juntos em um gallinero de alambrado estilo gótico próximo ao altar. A cada vinte dias, as aves são trocadas. Ficam expostas somente entre o período de 25 de abril a 13 de outubro. Ao entrar na igreja, se você ouvir o galo cantar, é um sinal que a sua peregrinação será bem sucedida. Daí o ditado popular: “Santo Domingo de La Calzada, donde canto la gallina de pués de asada”.
Em Santo Domingo de La Calzada, você pode conhecer o Convento de São Francisco construído no início do século XVII pelo arcebispo de Zaragoza, Bernardine Fray de Fresneda. O retábulo extraordinário foi construída em 1602 por mestres pedreiros de Burgos.
As muralhas de Santo Domingo são comparadas com paredes e tem quase 1500m de comprimento.
A Catedral de Santo Domingo de La Calzada é uma igreja românica e teve sua construção iniciada em 1158. É nessa igreja que está o túmulo de Santo Domingo.
Após Santo Domingo de La Calzada passamos por Grañón, uma cidade que comporta um castelo levantado por Alfonso III no séc. X. Em Grañón está também a Igreja de San Juan, que foi construída no século 14 e tem em seu interior o mais valioso retábulo. Construída entre 1545 anos e anos 1556, por Natuera Borgoñón e Bernal Forment, a igreja abriga um dos Albergues existentes.
Outra cidade que passamos nesse dia foi Redecilla del Camino. Ela é a primeira localidade de Castilla y Leon e primeira da província de Burgos.
Seguindo viagem passamos por Castildelgado e Viloria de Rioja, onde paramos para tentar conhecer o Sr. Acácio, um brasileiro proprietário de um albergue peregrino (Refugio Acácio e Orietta), que se dedica há anos ao Caminho de Santiago. Infelizmente ele estava dormindo e tinha um aviso pendurado na porta. Foi uma pena!
Passamos por Villamayor antes de chegarmos à Belorado. Suas magníficas igrejas de Santa Maria e São Pedro foram construídas nos séc. XVI e XVII respectivamente. Há um grande número de refúgios para peregrinos que denotam a importância dessa vila. Achei muito gostosa essa vila e acabamos por fazer uma boa pausa para descanso e também para comermos algo na praça central. Parece ser uma cidade em que os idosos predominam na população. Apreciamos muitos deles que circulavam pela praça.
Na saída da cidade, o peregrino cruza o rio Tirón pela ponte “El Canto”, cuja construção remonta ao reinado de D. Afonso VI.
Além dessas duas belas igrejas, você poderá ver também os Conventos de São Francisco e de Nossa Senhora de Bretoner. Centro de Promoção Jacobea e o Hospital de N. S. de Belém.
Passamos rapidamente por Tosantos e chegamos a Villambistia, uma pequena aldeia há 41 km de Burgos. A igreja de San Esteban, ainda pode ser visitada, devido ao seu bom estado de conservação.
Espinoza del Camino e Villafranca também ficam para trás até chegarmos em San Juan de Ortega, uma pequena aldeia no sopé de Puerto de La Pedraja, a 35 km de Burgos.
Não conseguimos vagas para dormir. Na verdade, teria vaga, caso optássemos em repousar nos nossos sacos de dormir no chão, mas como ainda estava cedo, seguimos até a próxima localidade.
San Juan de Ortega era filho de uma família rica, nascido em 1080. Ele foi um dos grandes promotores do caminho, e junto com seu professor, Santo Domingo de La Calzada, colaborou na construção de pontes e estradas. Ele morreu em Nájera em 1163 e seu corpo foi transferido para o atual mosteiro de San Juan de Ortega, onde foi sepultado na mesma capela românica.
Pare para ver o lindo Monastério de San Juan de Ortega que é famoso pelo milagre da Luz. Ele está em obras, mas isso não atrapalha a visita. Caso seu plano prevê dormir em San Juan, procure o refúgio dentro do monastério.
No final da tarde, durante a primavera (21 de março) e no outono (22 de setembro), isto é, nos equinócios, um raio de sol brilha através de uma pequena janela, iluminando a Virgem da Anunciação, uma obra-prima do século XII. Não atinamos para essa possibilidade, passamos pela vila no dia 18 de setembro, daria para ter visto.
O mosteiro está atualmente em fase de restauração, e uma exposição (que pode ser visitada gratuitamente por peregrinos) conta a história do mosteiro, ao longo de seus mais de 800 anos de existência, e ainda prevê o futuro dos serviços oferecidos aos peregrinos, século XXI adentro.
Partimos em busca de um albergue e a próxima cidade é Agés. Uma pequena aldeia com uma fonte notável no centro e uma ponte de pedra construída por San Juan de Ortega.
É uma vila muito gostosa de ficar e o Albergue Municipal é um barato! As pessoas ficam em mesas na calçada conversando e interagindo. É importante que conheça a Igreja Paroquial do século XVI e a Ermita de Nuestra Señora El Rebollar, do século VXIII, que eu particularmente achei uma graça.
Custo do Albergue em Agés – La Taberna: 7 euros
Prato peregrino: 11 Euros
Galeria completa do Caminho de Santiago Etapa 5:
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