Saltando de paraquedas na Austrália
Nesses quase 11 anos viajando pelo mundo, eu mudei bastante – morei em três países diferentes, visitei vários outros, aprendi línguas, fiz amizade com pessoas de outras nacionalidades, experimentei comidas deliciosas que eu não tinha nem sequer ouvido falar, saí da minha zona de conforto e superei medos.
Eu sempre fui uma pessoa medrosa, talvez pelo fato de ter uma mãe superprotetora, mas felizmente eu aprendi a não deixar o meu medo falar mais alto do que a minha vontade de fazer determinada coisa.
Saltar de paraquedas sempre esteve na minha lista, mas só de assistir vídeos de desconhecidos saltando eu já entrava em pânico. Na minha cabeça eu achava que nunca iria tomar coragem de um dia me jogar de um avião, por mais que a vontade existisse.
Chegando na Austrália conheci um monte de gente que tinha feito ‘skydiving’ por aqui, e de todas as pessoas que eu conheci, não teve uma que não tivesse curtido a experiência.
A minha primeira parada na Austrália foi em Byron Bay, um dos lugares mais famosos para a prática do esporte. Passei três meses morando lá, e mesmo tendo um amigo paraquedista morando pertinho de mim eu não consegui criar coragem para saltar.
Saí de Byron para produzir conteúdo para uma agência de viagens enquanto eu viajava pela costa leste Australiana, e no meu itinerário tinha um salto de paraquedas em Mission Beach – só podia ser um sinal que eu tinha que fazer logo aquilo de uma vez!
Durante a viagem de quase um mês de Byron Bay até Mission Beach, sempre que eu lembrava que tinha me comprometido a saltar meu coração quase saía pela boca.
O temido dia chegou e eu estava tão nervosa que mal conseguia falar. Quando o transfer chegou para me buscar no hostel que eu estava hospedada, eu quase desisti.
Chegando no escritório da Skydive Australia, fui recepcionada por uma equipe muito simpática. O tratamento que eu recebi fez toda a diferença para me deixar mais relaxada.
Fui apresentada ao meu instrutor, que tinha anos e anos de profissão e milhares de saltos no currículo. Ele me deixou super tranquila e a partir daquele momento eu já sabia que tinha tomado a decisão certa ao não desistir!
Dentro do avião, a única coisa que eu consegui prestar atenção foi no meu coração, que mais parecia uma bateria de escola de samba.
Quando atingimos os 14.000 pés de altura, um dos instrutores abriu a porta do avião e todo mundo que estava na minha frente começou a “desaparecer” – que sensação doida!
A minha hora chegou e quando me dei conta eu já estava caindo! Os 60 segundos de queda livre (que parecem eternos, diga-se de passagem) são tão intensos que é impossível seguir uma linha de pensamento. É um misto de “eu vou morrer” com “meu Deus! Por que não fiz isso antes?”
Depois que o paraquedas abre parece que tudo está em câmera lenta! Eu não queria que o meu voo chegasse ao fim.
Assim que pousamos eu tive a certeza que aquele salto teria sido o primeiro de muitos. E eu estava certa! Desde então já saltei mais duas vezes aqui na Austrália e tenho uma lista de diversos lugares pelo mundo onde pretendo saltar.
O meu segundo salto eu fiz na Great Ocean Road, um dos lugares mais bonitos que eu já conheci. Por estar familiarizada com todo o processo, eu curti o segundo salto muito mais do que o primeiro.
Como estou indo embora de vez da Austrália no final de novembro, decidi que o meu terceiro e último salto por aqui seria em Melbourne.
Esse salto foi o mais especial para mim. Ver lá do alto a cidade que me acolheu tão bem nesses últimos 2 anos e meio foi incrível! Nunca vou esquecer o momento que eu avistei os arranha-céus do centro da cidade.
Se você tem a minima vontade que seja de saltar, não pense duas vezes! Pra mim foi libertador e me fez evoluir em vários outros aspectos da minha vida.
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